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Uma avaliação crítica sobre biomarcadores utilizados para o monitoramento biológico de exposição ao chumbo: vantagens, limitações e perspectivas futuras

A concentração de chumbo (Pb) no sangue total (Pb-B) vem sendo comumente utilizada para monitorar a exposição a este elemento químico. Entretanto, a dificuldade em avaliar a natureza exata da exposição ao Pb é dependente não só de problemas inerentes a metodologias analíticas inapropriadas, bem como da toxicocinética complexa do Pb em compartimentos de nosso corpo. Se quisermos diferenciar mais efetivamente entre o Pb que está estocado no corpo por anos daquele proveniente de uma exposição recente, deverão ser obtidas informações pela análise de outros biomarcadores de exposição. Entretanto, nenhum dos biomarcadores de dose interna para Pb é aceito pela comunidade científica como substituto ao Pb-B. O foco desta revisão está nas limitações de biomarcadores de exposição ao Pb e nas necessidades para melhorar a exatidão nas determinações. Procuramos apresentar somente os protocolos analíticos em uso corrente e tentamos avaliar a infuência de variáveis de confusão nos níveis de Pb-B. Finalmente, fizemos uma discussão sobre a interpretação dos dados de Pb-B com respeito a fontes de exposição, sejam elas endógenas e exógenas, recente ou passada, bem como a importância das determinações de Pb no cabelo, unhas, saliva, ossos, sangue (plasma e sangue total), urina, fezes e dente decíduo.

Chumbo; Biomonitoramento; Biomarcadores de exposição


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