O objetivo deste estudo é avaliar se a eliminação de determinadas doenças crônicas é capaz de levar à compressão da morbidade em indivíduos idosos de São Paulo (Brasil), 2010. Estudo transversal analítico, de base populacional, utilizando dados oficiais secundários para o Município de São Paulo, em 2010, e dados obtidos a partir do estudo Saúde, Bem-estar e Envelhecimento (SABE). Um total de 907 indivíduos idosos foram avaliados, sendo 640 do sexo feminino (64,6%). O método de Sullivan foi utilizado para o cálculo de expectativas de vida livre de incapacidade (E.V.L.I.). Tábuas de vida de eliminação de causas foram utilizadas para calcular as probabilidades de morte com a eliminação de doenças. Em termos absolutos, os ganhos em expectativa de vida (E.V.) e E.V.L.I. foram maiores nas idades mais jovens (60 a 74 anos), em ambos os sexos. Em termos relativos (% E.V.L.I. na E.V.), os ganhos foram maiores nas mulheres de 75 anos ou mais e nos homens aos 60 anos. A doença cardíaca apresentou-se como aquela que mais promoveria a compressão da morbidade, caso fosse eliminada, em ambos os sexos. A eliminação de doenças crônicas na população idosa poderia levar a uma compressão da morbidade em homens e mulheres, tanto na idade de 60 anos, quanto na de 75 anos ou mais.
Doença crônica; Esperança de vida; Expectativa de vida ativa; Tábuas de vida; Morbidade; Idoso