A hipertensão arterial e o diabetes mellitus estão entre as doenças crônicas mais prevalentes no Brasil. Em decorrência disso, em 2002, foi criado o Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. O presente estudo objetivou avaliar o perfil socioeconômico e a adesão terapêutica dos usuários cadastrados no Programa Hiperdia no município de Teresina (PI). Esta pesquisa foi desenvolvida nas Unidades Básicas de Saúde, onde foi aplicado um questionário a 400 pessoas, avaliando-se sua adesão através dos testes de Batalla e Morisky-Green. O perfil socioeconômico dos entrevistados foi o seguinte: idosos, mulheres, casados, com 1 a 4 anos de estudo, aposentados e assalariados; destes, a maioria são hipertensos. Apenas 22,50% dos hipertensos e 30,70% dos diabéticos foram consideradas aderentes segundo Batalla e de todos apenas 26,75% foram aderentes, segundo Morisky-Green. Não houve associação entre as variáveis sociodemográficas-clínicas e a adesão segundo Morisky-Green, no entanto houve associação com o tipo de morbidade apresentada. Diante desses resultados, a educação em saúde torna-se a principal estratégia para melhorar a adesão dos usuários, como também a participação de profissionais na Equipe Saúde da Família, como: o farmacêutico, o nutricionista e o educador físico.
Saúde pública; Hipertensão; Diabetes mellitus; Adesão à medicação