Em todo o mundo a poluição atmosférica é um problema de saúde pública. Os efeitos adversos relacionados aos poluentes atmosféricos estão fortemente associados com doenças respiratórias e cardiovasculares e, em menor grau, com os resultados adversos da gravidez. O objetivo do trabalho foi avaliar a relação entre PM10 e baixo peso ao nascer no Município de Santo André, São Paulo, Brasil. Foram incluídos no estudo recém-nascidos de mães residentes em Santo André (2000-2006). A Agência Ambiental do Estado de São Paulo forneceu dados diários de PM10. Realizou-se análise descritiva e de regressão logística. A prevalência de baixo peso ao nascer foi de 5,9%. Observou-se uma relação dose-resposta entre as concentrações de PM10 e baixo peso ao nascer. As concentrações de PM10 no quartil mais alto (37,50µg/m³) no terceiro trimestre gestacional aumentaram o risco de baixo peso ao nascer em 26% (OR = 1,26; IC95%: 1,14-1,40) quando comparadas com o primeiro quartil. O mesmo efeito foi observado nos demais trimestres. Esse efeito foi verificado mesmo com as concentrações de partículas dentro dos padrões de qualidade do ar.
Recém-Nascido de Baixo Peso; Material Particulado; Poluição do Ar; Modelos Logísticos