As estratégias de controle da hanseníase no mundo vêm sofrendo mudanças na última década, com finalidade de alcançar a meta de eliminação da doença recomendada pela Organização Mundial da Saúde. Atualmente, países mais endêmicos ainda encontram dificuldades de atingir essa meta. O objetivo deste estudo foi descrever as estratégias de eliminação realizadas em Duque de Caxias, município do Estado do Rio de Janeiro, Brasil, com alta endemicidade, e analisar os principais indicadores epidemiológicos e operacionais da doença e sua tendência evolutiva nos últimos 14 anos, a partir do banco de dados oficial de notificação: Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Estratégias como descentralização do atendimento ao paciente e campanhas localizadas foram associadas ao aumento da detecção de casos mais precoces, e à redução da taxa de prevalência e do tempo de permanência dos pacientes no registro ativo. Um incremento na taxa de detecção anual pode estar relacionado à existência de prevalência oculta ou de indivíduos com infecção assintomática. Novas estratégias complementares necessitam ser formuladas para o alcance da eliminação da doença no município.
Hanseníase; Controle de Doenças Transmissíveis; Doenças Endêmicas