Resumo:
A proliferação dos arbovírus e seus vetores é influenciada pela interação complexa entre vetores, meio ambiente e comportamentos humanos. O objetivo do estudo é de analisar a influência dos determinantes socioambientais sobre o conhecimento e as práticas relacionados à transmissão dos arbovírus entre os residentes de três comunidades na fronteira sul do México. Entre junho de 2017 e agosto de 2018, foram estudados 149 domicílios nas comunidades de Tapachula (Chiapas) e Villahermosa (Tabasco). O estudo teve como base a aplicação de um projeto de prevenção comunitária, utilizando diferentes inquéritos e abordagens metodológicas. Foram usadas odds ratios para estimar as associações entre determinantes socioambientais e conhecimento e práticas para controle da transmissão dos arbovírus, com o uso de regressão logística e técnicas qualitativas. Cerca de 75% dos domicílios mostravam conhecimento adequado sobre a origem e transmissão dos arbovírus, mas apenas 30% haviam adotado práticas apropriadas. As práticas de risco nos domicílios estavam associadas a deficiências significativas nos serviços de saneamento e abastecimento de água. Além disso, foi detectada a percepção de maior risco e de dificuldade em adotar medidas preventivas. O conhecimento adequado não necessariamente leva a práticas preventivas adequadas. Os determinantes sociais intermediários influenciam a persistência de comportamentos que agem como fatores de risco para a proliferação dos arbovírus. A gestão de vetores eficaz e sustentável é necessária para lidar com esses aspectos interrelacionados.
Palavras-chave:
Arbovirus; Controle de Mosquitos; Meio Ambiente e Saúde Pública; Saneamento