Resumo:
Este texto contextualiza o consumo de drogas ilegais no debate da saúde pública tradicional, frente às propostas latino-americanas, e sugere a necessidade de se abordar a questão a partir de uma saúde pública alternativa, centrada na vida e no papel dos indivíduos, grupos e movimentos sociais, mediante uma práxis contra-hegemônica, orientaando assim a discussão sobre a necessidade de geração de políticas públicas inclusivas e democráticas. O uso de drogas foi abordado a partir: da medicina clínica, como um problema que gera transtornos mentais e doenças infecciosas, tanto por sexo inseguro, quanto pelo uso de seringas para uso intravenoso; da política, como um problema relacionado com fenômenos criminais; e da saúde pública tradicional, como um problema que gera abandono escolar e de trabalho, aumento da demanda por serviços de saúde, morte e violência. No entanto, nem todas as formas de consumo representam um uso problemático ou desencadeam transtornos por uso de substâncias.
Palavras-chave:
Política de Saúde; Estigma Social; Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias; Drogas Ilícitas