O artigo objetiva: (a) analisar a distribuição dos casos de violência doméstica contra a mulher (adolescente e adulta) em relação ao atendimento emergencial por causas externas; (b) caracterizar as vítimas e o atendimento prestado; (c) analisar as circunstâncias em que ocorreram esses eventos. Procurou-se articular as abordagens quantitativas e qualitativas. O estudo foi desenvolvido em dois hospitais públicos de referência situados no Município do Rio de Janeiro. Das 72 mulheres atendidas, a maioria referiu como agressor o esposo/companheiro/namorado (69,4%) e sofreu agressões por espancamento (70,4%), sobretudo na região de face e cabeça. Conclui-se que o atendimento emergencial deve prestar uma atenção clínica e cirúrgica de qualidade, mas também ser capaz de desencadear ações preventivas.
Mulheres Maltratadas; Violência Doméstica; Serviços Médicos de Emergência