Neste estudo são confrontados os resultados do uso do paradigma de risco na infecção pelo Schistosoma mansoni em áreas endêmicas no Brasil. Foi observada associação da infecção pelo S. mansoni com algumas condições gerais: ausência de água potável intradomiciliar, baixa renda individual, analfabetismo e residência atual ou anterior em área endêmica por mais de cinco anos. Além dessas condições ocorreu associação com alguns hábitos (fatores de risco) exercer atividades agrícolas e domésticas em águas a céu aberto, nadar e pescar. A análise das condições gerais que podem estar determinando os fatores de risco, apontou o fornecimento de água potável intradomiciliar e o acesso ao tratamento como medidas abrangentes que muitas vezes podem ser adotadas, visando à prevenção e/ou controle da morbidade da endemia. É questionada a eficácia do uso do paradigma de risco na indicação de medidas de controle dessa endemia.
Esquistossomose; Schistosoma mansoni; Fatores de Risco; Controle