Os autores implementaram um projeto de pesquisa voltado ao fortalecimento do governo local e da comunidade com vistas à estratégia sustentável de controle da malária. O projeto iniciou com diagnóstico prévio, incluindo prevalência da malária, entomologia, KAP (conhecimentos, atitudes e práticas) e oferta de serviços de saúde; a seguir, realizou-se inquérito epidemiológico para identificar fatores de risco associados à malária e a escolha de medidas de intervenção adequadas. O programa foi avaliado após cinco anos. Ao adotar a abordagem ecossistêmica para re-analisar os dados, o artigo discute como a malária surge a partir da interação complexa entre fatores culturais, econômicos, ecológicos, sociais e individuais. Medidas de intervenção exigem abordagem intersetorial e transdisciplinar ainda não existente. A liderança do setor de saúde é limitada e não há participação comunitária de fato. Os autores examinam os envolvimentos para a pesquisa, incluindo o uso de métodos qualitativos e quantitativos, o desenho metodológico e a complexidade da análise dos dados. Por fim, discutem as implicações para o controle da malária, enfatizando diferenças entre abordagens ecossistêmicas e de controle integrado da doença.
Malária; Ecossistema; Prevenção e Controle; Saúde Pública; Saúde