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Associação entre situação laboral e presença de sintomas depressivos em homens e mulheres mexicanos

Resumo:

O estudo teve como objetivo estimar a relação entre situação laboral e sintomas depressivos em adultos mexicanos, além de explorar o efeito de acordo com gênero. Foi realizado um estudo transversal em uma amostra de 36.516 adultos com idade entre 20 e 59 anos, usando dados da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição, de 2012. Os sintomas depressivos foram avaliados com a Center for Epidemiological Studies Depression Scale (CES-D), e a situação laboral foi determinada uma semana antes da pesquisa. Modelos de regressão logística foram estratificados por gênero e nível de escolaridade e ajustados por condições sociodemográficas e de saúde para estimar a associação entre sintomas depressivos e situação laboral. A prevalência de sintomas depressivos foi de 7,59% em homens e 18,62% em mulheres. Os homens desempregados mostraram maior probabilidade de apresentar sintomas depressivos, quando comparados aos que estavam trabalhando (OR = 1,66; IC95%: 1,08-2,55). Para as mulheres, a situação laboral não mostrou associação com a presença de sintomas depressivos, exceto entre as estudantes (OR = 1,57; IC95%: 1,02-2,43), comparadas às que estavam trabalhando. Em ambos os sexos, a incapacidade para o trabalho esteve associada a sintomas depressivos. Embora o fato de estar empregado esteja associado a níveis menores de morbidade psiquiátrica, o efeito estimado é diferente para homens e mulheres. As políticas de saúde ocupacional devem levar em conta essas condições.

Palavras-chave:
Emprego; Desemprego; Identidade de Gênero; Depressão; Saúde Mental

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