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Sintomas depressivos e estresse em trabalhadores chilenos: condições diferenciais para homens e mulheres

O objetivo foi avaliar os sintomas depressivos associados com fatores de risco ocupacionais psicossociais, por sexo, no Chile, por meio do modelo demanda-controle (Karasek) e desequilíbrio esforço-recompensa (Siegrist). O estudo foi transversal, com uma amostra aleatória de 3.010 empregados (35% mulheres e 65% homens) em todo o país. Prevalência e associações foram determinados por diversas técnicas estatísticas (eg. χ 2 ; regressão logística). A exposição ao fatores de risco ocupacionais psicossociais e prevalência de sintomas depressivos é maior em mulheres do que em homens (15% vs. 5%). Análise ajustada salienta que as mulheres expostas a Isostrain (OR = 2,34; IC95%: 1,42-3,85) e baixa recompensa (OR = 2,13; IC95%: 1,41-3,21) e homens expostos a demandas psicológicas (OR = 3,04; IC95%: 1,94-4,76) e desequilíbrio esforço-recompensa (OR = 2,19; IC95%: 1,39-3,46) têm chance maior de sintomas depressivos quando comparado com o não exposto. A exposição a fatores de risco ocupacionais psicossociais foi associada com sintomas depressivos em trabalhadores chilenos. A geração de cuidados preventivos em aspectos de organização do trabalho é fundamental.

Depressão; Estresse Psicológico; Trabalho


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