Embora tenha sido controlado o principal vetor da doença de Chagas - o Triatoma infestans - em muitas áreas endêmicas do Brasil, os dados do início do programa de controle referentes ao Triângulo Mineiro (1976-79) sugerem a ocorrência de reinfestação por triatomíneos sob determinadas condições favoráveis. A autora compara as taxas de infestação domiciliar em 500 comunidades da região do Triângulo Mineiro para os anos de 1976 e 1979, utilizando modelos de regressão linear. Controlando para os três principais vetores triatomíneos, são variáveis independentes da infestação domiciliar nessas comunidades o amontoamento intra-domiciliar, a demolição e construção de habitações e as construções anexas infestadas. Embora vários fatores domiciliares tenham sido sugeridos como correlatos da infestação, o programa de controle se concentra nos índices comunitários de infestação, enquanto as comparações intra-comunitárias e regionais, até agora, têm-se mostrado inviáveis. Os dados computadorizados estão-se tornando disponíveis na identificação de comunidades sob alto risco de infestação, assim como, na definição de estratégias e atividades para os programas.
Doença de Chagas; Controle; Triatoma sp.; Brasil