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A circunferência do pescoço prediz a resistência insulínica no idoso? Um estudo transversal na atenção primária no Brasil

Resumo:

O presente estudo investigou a correlação da circunferência do pescoço (CP) e outras medidas antropométricas com os fatores de risco cardiovasculares e resistência insulínica (RI) em idosos de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. Foi realizado estudo transversal com 411 pacientes na atenção primária de saúde. Medidas antropométricas como CP, índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC) e razão cintura-quadril (RCQ) foram aferidas. A bioimpedância elétrica (BIA) estimou o percentual da gordura corporal total (%GC). A resistência à insulina foi estimada pelo HOMA-IR (homeostasis model assessment IR index). Os dados foram analisados utilizando o teste de Mann-Whitney e a correlação entre as variáveis numéricas pelo teste de Spearman. A curva ROC (receiver operating characteristic) foi utilizada para avaliar a capacidade preditiva das medidas antropométricas no diagnóstico de RI. A CP foi positivamente correlacionada com a CC, o IMC, RCQ, %TBF e com o HOMA-IR em ambos os sexos. Nas mulheres, a CP apresentou a maior AUC (área sob a curva) para RI. Nos homens, a CC apresentou a maior AUC, seguido pelo IMC e CP. O presente estudo realizado no Sudeste do Brasil sugere que a CP pode predizer a RI, importante marcador de risco cardiovascular, na população idosa atendida na atenção primária de saúde.

Palavras-chave:
Antropometria; Doenças Cardiovasculares; Resistência à Insulina; Idoso

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