A transmissão transplacentária do Trypanosoma cruzi vem despontando como tema de interesse em anos recentes, especialmente em áreas endêmicas da América do Sul. A freqüência da infecção e os possíveis fatores associados à transmissão congênita ainda não estão bem esclarecidos. Diferenças regionais em relação às taxas de transmissão têm sido explicadas por variações nas cepas de parasitas. Os aspectos metodológicos inerentes à formulação das hipóteses e os respectivos delineamentos dos diferentes estudos não permitem uma combinação de resultados para auxiliar a interpretação das diferenças observadas. Neste artigo explora-se as evidências epidemiológicas relativas às variações nas taxas de infecção congênita do Brasil, Bolívia e Argentina e propõe-se um modelo para investigação de fatores de risco para transmissão.
Doença de Chagas; Transmissão Congênita; Infecção por Trypanosoma cruzi; Estudos de Casos e Controles; Epidemiologia