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Modelos multiestado para determinação dos graus de cronicidade de acordo com a adesão de paciente infectado pelo HIV

Poucos estudos sobre AIDS que avaliam fatores associados à falha terapêutica consideram sua evolução lenta, com a passagem por múltiplos estados de saúde, consequência do uso de antirretrovirais. Nesse artigo foram estudados fatores associados à progressão entre estados imunes, enfocando adesão, em 722 pacientes HIV+ acompanhados por 3 anos. O desfecho foi a contagem de células CD4 classificada em s1 (CD4 ≥ 500), s2 (350 ≤ CD4 < 500) e s3 (CD4 < 350). As transições entre estados foram modeladas por modelos multiestado. A adesão à terapia antirretroviral e o tempo de doença estão associados diferentemente à mudança do estado imune vivido pelo paciente. Baixa adesão à terapia aumentou o risco de s1→s2 e adesão intermediária aumentou o de s2→s3. Por outro lado, idades elevadas e tempo de doença de 2 a 4 anos se apresentam como fatores de proteção na progressão da AIDS. A modelagem multiestado é uma abordagem poderosa no estudo de doenças crônicas, por estimar os fatores associados a cada etapa da evolução de doenças crônicas, possibilitando a adoção de intervenções mais individualizadas e eficazes.

HIV; Progressão da Doença; Cooperação do Paciente; Análise de Sobrevivência


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