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Sintomas de depressão pós-parto e interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo nos dois primeiros meses de vida

Avaliou-se a associação entre depressão pós-parto e interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo nos dois primeiros meses de vida. Estudo de coorte com 429 crianças < 20 dias de idade em quatro unidades de saúde no Rio de Janeiro, Brasil. Considerou-se como interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo a introdução de chá, água, suco, leite artificial ou qualquer outro alimento. Na avaliação da depressão pós-parto utilizou-se a Edinburgh Post-natal Depression Scale. Associações foram expressas como razões de prevalências (linha de base) e riscos relativos (primeiro e segundo meses de vida) e respectivos intervalos de 95% de confiança estimados via regressão de Poisson com variância robusta. Filhos de mulheres com sintomas de depressão pós-parto apresentam maior risco de interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo nos dois meses de seguimento (RR = 1,46; IC95%: 0,98-2,17 e RR = 1,21; IC95%: 1,02-1,45, respectivamente). Entre mães que amamentam exclusivamente até o primeiro mês de vida, depressão pós-parto não se associou à interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo (RR = 1,44; IC95%: 0,68-3,06). Esses achados apontam para a importância da saúde mental materna no sucesso do aleitamento materno exclusivo.

Epidemiologia Nutricional; Aleitamento Materno; Depressão Pós-Parto


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