O estudo buscou avaliar o impacto da dor lombar na qualidade de vida relacionada à saúde. O estudo populacional transversal analisou uma amostra de 1.192 adultos. As variáveis dependentes eram as escalas SF-36, e a principal variável independente era dor lombar, caracterizada de acordo com localização, número de regiões com dor lombar, intensidade, frequência e limitações. Foram utilizados modelos de regressão linear simples e multivariada para estimar os coeficientes beta, brutos e ajustados por sexo, idade, escolaridade, comorbidades e doenças crônicas não transmissíveis. A prevalência de dor lombar era 35,4%. Em relação à qualidade de vida relacionada à saúde, a comparação de pessoas com e sem dor lombar mostrou associações fracas para o componente físico (β = -3,6). Entretanto, foram encontradas associações fortes para o componente físico (β = -12,4) quando havia dor concomitante nas regiões cervical, dorsal e lombar, além de associações com as escalas de saúde mental. A dor diária mostrou associação com os componentes físico (β = -6,8) e mental (β = -2,7). Foi identificado um impacto importante sobre o escore do domínio físico para dor intensa/muito intensa (β = -7,9) e dor com limitação grave (β = -11,5). Os impactos sobre qualidade de vida relacionada à saúde eram fortes quando a dor vinha acompanhada de: (1) múltiplos sítios, (2) dor no escore do domínio mental, (3) queixas diárias, (4) dor muito intensa e (5) limitações graves. Os resultados revelaram a importância de analisar fatores específicos relacionados à dor lombar.
Palavras-chave:
Dor nas Costas; Qualidade de Vida; Inquéritos; Epidemiologia