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Controle da transmissão vertical de doenças infecciosas no Brasil: avanços na infecção pelo HIV/AIDS e descompasso na sífilis congênita

No Brasil, a infecção pelo Treponema pallidum e pelo vírus da imunodeficiência humana são eventos considerados prioritários. No entanto, apesar das políticas públicas, a resposta em termos das ações de vigilância e prevenção, assistência pré-natal e ao recém-nascido, é diferenciada, parecendo ser mais bem estruturada para a redução da transmissão vertical do HIV do que para a do T. pallidum. No presente artigo, potenciais diferenças são analisadas quanto ao desenvolvimento das ações. Identificou-se que as desigualdades existentes na atenção aos dois problemas apresentam dimensões diferenciadas nas regiões do país. Reconheceu-se a necessária e urgente priorização da sífilis na gravidez, envolvendo áreas técnicas como atenção básica, saúde da mulher, saúde da criança e controle de doenças sexualmente transmissíveis, em todas as esferas de governo. Emerge como questão relevante no encaminhamento do problema a formação de profissionais de saúde e a mobilização da sociedade na perspectiva do controle. É ainda necessário inserir o tema e formas de enfrentamento na agenda de gestão. A eliminação da sífilis congênita requer insumos de baixo custo, bem como ações sustentáveis em longo prazo.

Cuidado Pré-Natal; Transmissão Vertical de Doença; Sífilis Congênita; HIV; Síndrome de Imunodeficiência Adquirida


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