O objetivo desse artigo é apresentar um exemplo da modelagem com equações estruturais. Foi avaliada associação entre peso ao nascer e adiposidade na vida adulta jovem, ajustando-se para número de cigarros fumados na gravidez e situação sócio-econômica ao nascimento. Dados de 2.063 adultos da coorte de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, de 1978/1979 foram utilizados. A adiposidade foi medida pelo índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura, e somatório das pregas cutâneas subescapular e a tricipital. Os modelos foram estimados por máxima verossimilhança, separadamente para homens e mulheres. O peso ao nascer teve efeito pequeno e significante na adiposidade em homens (CP - coeficiente padronizado = 0,08) e mulheres (CP = 0,09). Tabagismo materno durante a gravidez não influenciou a adiposidade em homens (CP = 0,004), mas em mulheres a significância foi marginal (CP = 0,07; p = 0,056). O efeito da situação sócio-econômica da família ao nascimento foi pequeno e positivo para os homens (CP = 0,08) e moderado e negativo (CP = -0,16) para as mulheres. Nesta população adulta jovem, os indicadores utilizados sozinhos ou em conjunto mediram bem a adiposidade corporal.
Peso ao Nascer; Tabagismo; Adisposidade; Modelos Matemáticos; Métodos