A utilização de bioinseticidas tem se mostrado útil aos programas de prevenção de diversas enfermidades devido a sua especificidade e eficiência contra insetos vetores. No presente trabalho, o bioinseticida de Bacillus sphaericus foi produzido com um meio de cultivo composto de farelo branco de soja e aplicado em larvas de Culex quinquefasciatus, espécie susce-tível, e Aedes aegypti, espécie refratária, usada como controle negativo. O desempenho foi comparado com o do produto fermentado com o meio referência Luria Bertani (LB). Os experimentos constataram que C. quinquefasciatus apresentou uma alta suscetibilidade ao produto produzido com farelo branco de soja, alcançando mortalidade de 100% mesmo na diluição de 10mg/L, enquanto A. aegypti não atingiu 70% na concentração de 1g/L. Quando comparado com o meio referência, a formulação proposta proporcionou um alto poder larvicida, alcançando uma DL90 de 2,26mg/L, ao passo que LB precisou de 4,37mg/L para a mesma mortalidade. A comparação do custo das formulações favoreceu o bioinseticida produzido com o meio farelo branco de soja. Considerando os valores de DL90, a relação do custo das matérias-primas ficou próxima de 1:220.
Inseticidas; Controle de Vetores; Soja