A vulnerabilidade social, individual e programática dos homens que fazem sexo com homens (HSH), no contexto da epidemia do HIV e doenças sexualmente transmissíveis (DST) é uma realidade em muitos países. A pesquisa Comportamento, Atitudes, Práticas e Prevalência de HIV e Sífilis entre Homens que Fazem Sexo com Homens em 10 Cidades Brasileiras, selecionou, no Município de Salvador, Bahia, Brasil, 383 HSH via técnica respondent driven sampling (RDS). Vulnerabilidade individual: início precoce da vida sexual (51%), média de oito parceiros sexuais, sexo anal receptivo desprotegido com parceiro casual (32%) e fixo (45%), e teste rápido positivo: HIV (6,5%) e sífilis (9%). Vulnerabilidade social: adultos jovens (80%), negros (91%), renda familiar média de R$ 1.000,00 e sofreram algum tipo de discriminação (57%). Fatores programáticos: sem teste do HIV (63%), sem acesso ao gel lubrificante (88%). Observou-se um perfil de vulnerabilidade e urgente necessidade de ações de intervenção e prevenção às DST no município na população pesquisada, além de altas prevalências do HIV e sífilis.
Homossexualidade Masculina; HIV; Sífilis; Vulnerabilidade em Saúde