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População geral e prevenção da infecção pelo HIV: do risco para a ação

Uma vez que o conhecimento sobre a transmissão da AIDS parece ser excelente, diversos observadores se surpreendem ao constatar que muitos indivíduos não têm comportamentos voltados para a redução do risco de contrair a doença, como sexo seguro. Mesmo assim, estudos anteriores deixaram de demonstrar um elo direto entre conhecimento e comportamento. Portanto, são necessários novos modelos, baseados na experiência concreta das pessoas. O objetivo desta pesquisa qualitativa, baseada em 61 entrevistas detalhadas conduzidas na França, é descrever como os indivíduos percebem a ameaça da AIDS e como lidam com o risco da transmissão desta dentro das suas vidas sexuais. Para poder entender as diversas medidas preventivas, temos que investigar como a informação é interpretada e como o conhecimento é integrado, a fim de que as pessoas percebam o risco geral ou pessoal. Devemos especificar, também, a maneira pela qual as pessoas fazem a distinção entre aspectos de percepção de risco e de vulnerabilidade; sentimentos de controle pessoal, construídos com base em experiências sociais; características de situações e, finalmente, a dinâmica da ação. O modelo proposto para lidar com o risco leva em conta esses diversos fatores na elucidação da grande diversidade de medidas relatadas. Esse modelo dinâmico, não linear, é projetado para captar o impacto dos elementos perceptivos e cognitivos sobre a ação, e vice-versa.

Educação em Saúde; HIV; Síndrome da Imunodeficiência Adquirida; Comportamento Sexual; Risco


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