A autora apresenta uma perspectiva que considera fundamental para a compreensão da diferença entre prevenção - associada ao discurso tradicional da saúde pública - e promoção da saúde, uma idéia dentro da qual propostas estão sendo apresentadas para repensar e redirecionar as práticas em saúde pública. Essa perspectiva tem a ver com os limites dos conceitos da saúde e da doença em relação à experiência concreta das mesmas. Por um lado, a consciência prática desse limite implica em mudanças abrangentes na maneira pela qual o conhecimento científico se relaciona com, e é usado para, a formulação e organização das práticas sanitárias; por outro, os projetos de promoção da saúde também lançam mão dos conceitos orientadores do discurso preventivista. Isso leva a certas dificuldades que aparecem como inconsistências ou áreas nebulosas na operacionalização dos projetos de promoção, que nem sempre conseguem se diferenciar das práticas preventivas tradicionais.
Prevenção; Promoção da Saúde; Complexidade; Epidemiologia