Nas últimas décadas, tem sido discutido o uso da razão de prevalência (RP) ao invés da razão de chance como a medida de associação a ser estimada em estudos transversais. Discute-se as principais dificuldades no uso de modelos estatísticos para o cálculo da RP: problemas de convergência, disponibilidade de ferramentas e pressupostos não apropriados. O objetivo deste estudo é implementar uma abordagem direta para estimar a RP com base em modelos logísticos binários baseados em dois métodos propostos por Wilcosky & Chamblers, e comparar com outros métodos. Utilizou-se três exemplos e comparou-se as estimativas bruta e ajustada da RP obtidas pela função com as estimativas obtidas pelos modelos log-binomial, Poisson e razão de chance prevalente (RCP). As RP da abordagem proposta resultaram em valores próximos aos obtidos pelos modelos log-binomial e Poisson, e a RCP superestimou a RP. O modelo aqui implementado apresentou as seguintes vantagens: não apresenta instabilidade numérica; assume a distribuição de probabilidades adequada; e está disponível no programa estatístico R.
; Razão de Prevalências; Modelos Logísticos; Estudos Transversais