Resumo
Este artigo propõe um confronto entre dois romances de forte teor autobiográfico, La vita agra (1962), de Luciano Bianciardi, e Tutto d’un fiato (1977), de Maria Jatosti, em que a prática da tradução é tratada como profissão, vínculo interpessoal e definidora de identidades. Nesse embate de narrativas, escritas por um casal conhecido na cena literária italiana da segunda metade do século XX, o foco da análise se concentra na personagem feminina do primeiro romance e na narradora-personagem do segundo. Além de evidenciar a dimensão do gênero nas duas obras, pretende-se propor a leitura da obra de Jatosti como uma intervenção crítica à crítica cultural já reconhecida de Bianciardi.
Palavras-chave
Luciano Bianciardi; Maria Jatosti; gênero e tradução; autobiografia