Resumo
O presente trabalho discute as dificuldades e os possíveis caminhos ao construir a crítica da tradução de O Pequeno Príncipe para a Libras realizada pelo projeto Acessibilidade em Bibliotecas Públicas (ABP) do governo federal brasileiro. Busca-se responder às seguintes perguntas: Que critérios podem ser seguidos para construir uma crítica de uma tradução para a língua de sinais? Que dificuldades estão envolvidas neste processo? Seguindo a perspectiva de análise reflexiva de Berman, se buscou desenvolver, por meio do escrutínio da tradução em questão e do cotejo entre ela e o seu original, ponderações que fossem mais do que somente uma atribuição de valor ao trabalho do tradutor. O processo de construção da crítica foi então observado a fim de inferir as dificuldades de criticar obras em Libras e que parâmetros podem funcionar como guia para a análise. Concluiu-se que o crítico enfrenta questões ligadas ao registro em vídeo e ao fato de o sistema literário da Libras ser ainda jovem. E, ainda, que analisar a maneira como as traduções se alocam frente às demais obras em Libras é importante para que as discussões sobre esse polissistema literário se consolidem como área de estudo.
Palavras-chave
Crítica; Literatura em Libras; Tradução