Resumo
Este artigo é um relato meio anedótico de uma jornada interpretativa que começou casualmente e foi se aprofundando e adensando à medida que traduções do conto original de Machado de Assis intitulado “O Relógio de Ouro” foram sendo conhecidas e comparadas. Dois termos em particular, “nhonhô” e “Iaiá”, têm diferentes soluções tradutórias que acabam influindo no texto de tal modo a mudar o desfecho do conto e sua interpretação como um todo. Uma constatação de que o conto tem uma versão anterior publicada em formato seriado, ou folhetim, acaba conferindo ainda mais complexidade à rede de interpretações. Em algumas instâncias, fica clara a influência do capital cultural, como proposto por Pierre Bourdieu.
Palavras-Chave
“O Relógio de Ouro”; Machado de Assis; Literatura Brasileira Traduzida; Capital Cultural; Capital Cultural;