Resumo
A presente contribuição coloca o livro O que os cegos estão sonhando de Noemi Jaffe em uma discussão teórica da construção literária da memória. Usando abordagens da teoria literária e da memória, o objetivo é mostrar até que ponto a memória pode ser entendida como um processo de tradução em múltiplas etapas - tanto no sentido tradicional como na tradução entre línguas e culturas quanto no sentido metafórico como tradução de vivência. Este artigo parte do pressuposto de que lembrar é um processo dinâmico e inacabado que se baseia na tradução, recodificação, re-semiotização e realocação das memórias.
Palavras-chave
Memória; Tradução; Teoria Literária; Transculturalidade