RESUMO
O propósito deste artigo é examinar os processos de racionalização da empresa e do trabalho na indústria da reparação automotiva e as formas de recusa aos mesmos, a partir das práticas de resistência de uma categoria de ofício. Tendo como base um estudo de caso na cidade de Porto Alegre (Brasil), além de entrevistas, etnografia e pesquisa documental, foram analisados os impactos da reestruturação produtiva do complexo automobilístico no setor de serviços de automóveis, a partir dos anos 1990. Observa-se a emergência dos princípios do empreendedorismo e do modelo da competência no campo das oficinas mecânicas, bem como a forma pela qual tais preceitos são contestados pela experiência concreta dos sujeitos.
racionalização; resistência; empreendedorismo; competência; indústria da reparação automotiva