RESUMO
O artigo analisa as dinâmicas das relações científicas chileno-alemãs desde o final da Segunda Guerra Mundial até hoje, inserindo-as no marco da discussão sobre a circulação de conhecimento e nas relações científicas internacionais. O texto tenta preencher lacunas da literatura atual, realizando uma análise em una perspectiva de longo prazo, integrando a todos os atores e localizando-as em um marco de política internacional amplo. Isso significa, não somente considerar aos atores tradicionais (Chile e a República Federal da Alemanha), mas também outros menos tratados (a República Democrática Alemã e o exílio chileno). Para desenvolver a análise foi feita uma revisão de arquivo das Memórias do Ministério de Relações Exteriores chileno. Também foi consultada a imprensa de ambos os países e documentos do Arquivo Federal alemão. Aprecia-se que as relações científicas chileno-alemãs desde o final da Segunda Guerra têm transitado por três etapas, cujas dinâmicas têm estado condicionadas pelas circunstâncias políticas internas, pelo contexto internacional e pelo desenvolvimento de seus próprios sistemas de educação superior e ciência. Nesta evolução, as relações científicas têm passado da dependência académica bastante tradicional a outra, focalizada em áreas científicas específicas do “centro”.
relações internacionais; Chile; Alemanha; dependência académica; relações científicas