Teorias contemporâneas da metáfora amiúde incluem o corpo entre seus fundamentos últimos, sustentando que nossa experiência corpórea constitui o solo universal de onde a imaginação faz brotar o pensamento figurativo. Contrapondo-se a essa tese, este trabalho busca discutir a relação entre corpo e metáfora de uma perspectiva não fundacionalista. A partir de um ponto de vista wittgensteiniano quanto aos estatutos do corpo e da metáfora, busca fornecer elementos para repensar a questão, explorando em particular o caminho aberto pelo filósofo austríaco em sua crítica às dicotomias físico/mental, exterior/interior.
metáfora; corpo; Wittgenstein; interior-exterior