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A codificação gramatical do automovimento no ciberespaço: Um estudo fenomenológico-cognitivista

RESUMO

O objetivo principal do presente trabalho é explicar por que usamos uma gramática típica do movimento quando nos referimos a atividades realizadas no ciberespaço. Argumentamos que, em grande medida, a percepção das nossas atividades no ciberespaço se utiliza dos mesmos esquemas imagéticos inerentes ao conceito de automovimento no espaço físico. Esse compartilhamento de esquemas imagéticos desencadeia um complexo processo de integração conceitual que resulta na construção de um conceito de automovimento sui generis do ciberespaço. Arguimos em favor de uma fundamentação perceptiva (e não ontológica) da gramática, no sentido de que a gramática codifica esquemas imagéticos presentes nas nossas percepções. Demostramos, concretamente, que papéis temáticos correspondem a aspectos proeminentes da estrutura de esquemas imagéticos que subjaz à percepção do automovimento no ciberespaço. Finalmente, defendemos que o processo de codificação gramatical é regulado pelo Princípio da Proeminência Perceptiva.

Palavras-chave:
automovimento; ciberespaço; Princípio da Proeminência Perceptiva; blending

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