Este artigo analisa a variação na aquisição do sândi externo por uma criança adquirindo português brasileiro. Nossos resultados mostram que essas regras aparecem tão logo a criança começa a combinar duas palavras, mas não são uniformes durante o período de aquisição, estabilizando-se somente por volta de 3;6 anos. Mostramos que a criança usa a elisão como estratégia default, que as exigências segmentais das regras são adquiridas posteriormente às exigências prosódicas e que o uso dessas regras para implementação rítmica não ocorre nos períodos iníciais. Finalmente, nossa análise corrobora a proposta de Scarpa (1997) de que a aquisição prosódica se inicia nos níveis mais altos da hierarquia.
regras de sandi externo; aquisição da linguagem; fonologia; prosódia