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Atos de tradução, ou quando traduzir é fazer

Translation acts, or how to do things with translations

RESUMO

Este trabalho analisa o ato de tradução à luz da Teoria dos Atos de Fala, como proposta por John Langshaw Austin em How to do things with words, argumentando que o modo como Austin constrói sua teoria, de uma forma não linear, é adequado para uma teorização sobre a tradução. O trabalho também propõe que se considere o ato de tradução como uma entidade "êmica", ou seja, irredutivelmente cultural. Essa proposta se inspira, por sua vez, na afirmação de Kanavillil Rajagopalan em relação aos atos ilocucionários. Para esse autor, os atos ilocucionários são "unidades de análise indissoluvelmente culturais, compreensíveis tão-somente enquanto fatos institucionais, específicos de cada comunidade de fala" (1992aRAJAGOPALAN, Kanavillil. 1992a. A irredutibilidade do ato ilocucionário como fator inibidor do êxito das tentativas taxonômicas. D.E.L.T.A. 8/1: 91-133.: 120).

Palavras-chave:
Tradução como ação; entidades êmicas; J. L. Austin; Kanavillil Rajagopalan

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