RESUMO
A moralidade entre jovens condenados por homicídio é abordada por meio de equilíbrio ou polaridade, quando o autoempoderamento se torna central para o relato. Os sentimentos são analisados como uma fonte de fundamentos plausíveis para o agir, embora não necessariamente adequados ou legítimos de acordo com um código de comportamento convencional. O medo, em um sentido de desespero e ameaça, e a raiva, ligada ao poder e à excitação, foram recorrentes. Percepções de autoengrandecimento e de polaridade em vez de equilíbrio, sem menosprezo da vítima ou de apresentá-la como desonesta, revelaram uma tendência. O castigo estava frequentemente ligado à privação de contatos com a família, sugerindo a relevância social dos familiares, particularmente das mulheres, nos homicídios e nos relatos. Em Moralidade e homicídio entre jovens assassinos uma nova abordagem é sugerida, a fim de avaliar as alegações morais em homicídios por jovens, dirigidas a audiências alternativas para além do sistema de justiça criminal.
Palavras-chave:
violência; relatos; jovens; narrativas; apresentação de si