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Pico do espectro do EEG quantitativo na doença de Alzheimer: uma possível ferramenta para acompanhamento do tratamento

Resumo

A análise espectral do EEG tem sido considerada muito sensível para mudanças da função cortical e compatível com o diagnóstico clínico da Doença de Alzheimer (DA). A sensibilidade da análise espectral varia de 71% a 81% em alguns estudos.1-3 Objetivo: A proposta deste estudo foi uma avaliação retrospectiva sobre a possibilidade do pico espectral do alfa no EEG quantitativo (EEGq) complementar o exame clínico fornecendo uma ferramenta independente para monitorizar o tratamento e para seguimento da progressão da demência na DA. Além disso, foram examinados dados demográficos e a distribuição do espectro da potência alfa de pacientes e controles da mesma idade. Métodos: EEGq foram selecionados de dois grupos de pacientes: os controles sem alterações e queixas de memória (n=30) e os pacientes com critérios preenchidos para DA provável (n=41). A análise do pico espectral do alfa no EEGq e o Mini-Exame do Estado Mental foram realizados uma ou duas vezes no ano. Resultados: Neste grupo estudado, o Mini-Exame do Estado Mental e o pico espectral do alfa no EEGq não foram estatisticamente diferentes depois do uso de anticolinesterásicos e o pico espectral do EEGq não foi menor do que 8 Hz em todos indivíduos do grupo controle. Conclusão: Este estudo sustenta dois conceitos importantes. Primeiro, 8 Hz de pico espectral de alfa, em vigília, aparenta ser o menor valor compatível com normalidade. E finalmente, em contexto clínico, EEGq é uma ferramenta que pode ser útil no seguimento da de Demência.

Palavras-chave:
eletroencefalografia quantitative; análise espectral; demência; doença de Alzheimer; queixa de memória; cognição; EEGq

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