RESUMO
Segundo a OMS, em 2025 o Brasil ficará em sexto lugar no ranking mundial em termos de proporção de idosos na população. Nesse âmbito, a cognição desempenha um papel central no processo de envelhecimento, tendo uma importante associação com a qualidade de vida, o que sugere a necessidade de desenvolver programas de intervenção, como o treinamento cognitivo.
Objetivo:
Determinar os efeitos de um programa de oficinas de estimulação cognitiva na autoestima e cognição de idosos.
Métodos:
Trinta e oito idosos completaram o protocolo de três etapas: 1) Levantamento de dados demográficos e avaliação da cognição por uma bateria neuropsicológica e de autoestima utilizando a Escala de Autoestima de Rosenberg (RSS), antes do treinamento; 2) Participação em doze oficinas de estimulação cognitiva; e 3) Avaliação cognitiva e RSS após o treinamento.
Resultados:
Os resultados mostraram que o uso de treinamento produziu efeitos positivos no desempenho do teste cognitivo de idosos com e sem comprometimento cognitivo. Por extensão, isso demonstra um impacto positivo em sua autoestima.
Conclusão:
Estes resultados encorajam o investimento em programas de estimulação cognitiva como um recurso para melhorar a cognição e a qualidade de vida dos idosos. Queixa cognitiva subjetiva pode ter servido como um preditor de diminuição da autoestima; portanto, como o treinamento melhorou a cognição, também melhorou a autoestima.
Palavras-chave:
idoso; treinamento cognitivo; memória; atenção; reabilitação neuropsicológica