RESUMO.
A deterioração das funções cognitivas é característica na doença de Alzheimer (DA) e se relaciona com uma pior realização das atividades de vida diária levando a uma pior qualidade de vida.
Objetivo:
Analisar os efeitos de um programa de treinamento com pesos nas funções cognitivas de idosos com DA. Sujeitos: 34 idosos com DA foram alocados em dois grupos: Grupo Treinamento (GT) e Grupo de Convívio Social (GCS).
Métodos:
Para caracterização do perfil cognitivo global utilizou-se o Mini-Exame de Estado Mental. Para a mensuração das funções cognitivas foram utilizadas: Bateria Cognitiva Breve, Teste do Desenho do Relógio e teste de Fluência Verbal. Os protocolos oferecidos foram realizados três vezes na semana, durante uma hora. O protocolo de treinamento do GT consistiu em realizar três séries de 20 repetições para cada exercício, com dois minutos de intervalo entre séries e entre exercícios. As atividades propostas para o GCS não foram sistematizadas e tiveram por objetivo promover uma socialização dos pacientes. A análise estatística consistiu na utilização dos testes U Mann Whitney e Wilcoxon para comparação intra e entre grupos. Adotou-se nível de significância de 5% para todas as análises.
Resultados:
Não foram evidenciadas diferenças significativas relacionadas aos efeitos da prática do treinamento com pesos na cognição de idosos com DA.
Conclusão:
Neste estudo não houve melhora nas funções cognitivas em idosos com DA que realizaram um protocolo de exercícios resistidos de intensidade leve. Assim, estudos futuros poderiam verificar o efeito de exercícios mais intensos.
Palavras-chave:
cognição; doença de Alzheimer; treinamento resistido