Resumo
Anualmente, 500 mil pessoas são hospitalizadas com lesão cerebral adquirida após traumatismo crânio-encefálico (TCE) no Brasil. Setenta e cinco a cem mil pessoas morrem poucas horas após o evento e 70 a 90 mil evoluem para perda irreversível de alguma função neurológica. Entre as principais causas de TCE estão os acidentes automobilísticos (50%), quedas (21%), assaltos e roubos (12%) e atividades de lazer (10%). Dentro deste contexto, a reabilitação cognitiva, uma área clínica de atuação interdisciplinar em busca de recuperação, tanto quanto a compensação de alterações das funções cognitivas resultantes de lesão cerebral, é extremamente importante para estes indivíduos. Portanto, neste estudo, foram revisados os conceitos básicos relacionados ao TCE, tais como os mecanismos de lesão, os níveis graves de TCE, os achados mais comuns em sobreviventes de TCE moderado e grave e as deficiências cognitivas mais comuns após TCE e discutidas as estratégias utilizadas para lidar com pacientes pós-TCE. Como resultado, nosso estudo irá fornecer informações relevantes relacionadas com um serviço de reabilitação cognitiva estruturada e, certamente, irá oferecer uma alternativa para pacientes e famílias vítimas de TCE e, portanto, gerar múltiplos protocolos de pesquisa.
Palavras-chave:
TCE; traumatismo crânio-encefálico; reabilitação cognitiva