RESUMO.
A doença de Alzheimer (DA) tem impactos físicos, psicológicos e socioeconômicos significativos e diminui a esperança e a qualidade de vida. As intervenções não farmacológicas na demência proporcionam ganhos em saúde.
Objetivo: Realizar um estudo de custo-utilidade das intervenções não farmacológicas na DA, avaliando tanto os custos como os ganhos em saúde associados às intervenções de estimulação cognitiva em doentes com DA.
Métodos: Analisaram-se uma amostra de 40 pacientes submetidos à intervenção não farmacológica e outra de 40 pacientes do grupo controle. Os dados recolhidos incluíram informação sociodemográfica, clínica, cognitiva e funcional, bem como o estado de saúde, a qualidade de vida e os custos ambulatoriais.
Resultados: A intervenção não farmacológica, considerando os valores de custos descontados de € 21.621,31 e os ganhos de anos de vida ajustados por qualidade de vida (QALY) descontados de € 0,81333, resultou num custo estimado por QALY de € 26.583,76. Esse custo por QALY se encontra em conformidade com o limite geralmente considerado aceitável pelas autoridades reguladoras em Portugal e em vários países europeus.
Conclusão: Este estudo suporta a recomendação de que sejam implementadas intervenções ajustadas às necessidades dos pacientes com DA, nomeadamente intervenções não farmacológicas, que proporcionem ganhos em saúde e valor econômico.
Palavras-chave:
Doença de Alzheimer; Modelos de Assistência à Saúde; Qualidade de Vida; Anos de Vida Ajustados por Qualidade de Vida; Análise Custo-Benefício
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