Atualmente, muitos estudos têm indicado que o Diabetes Mellitus (DM) pode aumentar o risco de desenvolver doença de Alzheimer (DA). Esta revisão tem o objetivo de descrever brevemente os conceitos atuais sobre os mecanismos que associam DM, resistência/deficiência de insulina à DA. Resistência à insulina/fator de crescimento similar à insulina (IGF) pode contribuir para a neurodegeneração através de vários mecanismos os quais envolvem: déficit metabólico e energético, prejuízo na função do transportador de glicose-4, estresse oxidativo e do retículo endoplasmático, disfunção mitocondrial, acúmulo de AGEs, ROS e RNS com aumento na produção da neuro-inflamação e ativação da cascata pró-apoptóptica. Prejuízo na função do receptor de insulina, aumento na expressão e ativação da enzima de degradação da insulina (EDI) também têm sido descritos. Esses processos comprometem a função neuronal e glial, com redução da homeostase de neurotransmissor. Resistência à insulina/IGF causa acúmulo de fibrilas de oligômeros de PPβA-βA e grandes agregados fibrilares insolúveis em forma de placas que são neurotóxicos. Adicionalmente, há produção e acúmulo de fibrilas insolúveis de tau hiperfosforilada que podem exacerbar o colapso do citoesqueleto e a desconexão sináptica.
doença de Alzheimer; diabetes mellitus; resistência insulínica; neurodegeneração; mecanismos