Resumo
As dificuldades com a linguagem em idosos com Alzheimer (DA) se devem ao fato de que a deterioração não está relacionada apenas à memória semântica, mas um conjunto de fatores cognitivos, os quais demonstram a deficiência nas estratégias de busca de informações lingüísticas.
Objetivos:
Avaliar a repetição de frases em dois testes cognitivos (MEEM e MoCA), em um grupo de participantes normais e outro com o diagnóstico de DA.
Métodos:
Estudo transversal com 20 pacientes que procuraram o serviço de saúdo no instituto de geriatria em Jundiaí, São Paulo. Os participantes passaram por anamnese clínica detalhada e avaliação neuropsicométrica. O grupo de participantes com diagnóstico de DA foi feito pelos critérios do DSM-IV e NINCDS-ADRDA. Dez pacientes receberam o diagnóstico de DA e 10 como participantes normais, formando o grupo controle (GC).
Resultados:
Todos os participantes responderam corretamente a frase do MEEM. As frases do MoCA (frase 2 e 3) foram corretas em 80% e 90% respectivamente no GC. O grupo com DA respondeu corretamente 40% e 50% respectivamente.
Conclusões:
O teste MoCA mostrou ser mais eficiente em avaliar o comportamento verbal ecóico em pacientes com DA quando comparados ao MEEM. A simples repetição de frase no MEEM mostrou ser menos sensível para detectar declínio leve de linguagem em pacientes com DA.
Palavras-chave:
comportamento verbal; idosos; doença de Alzheimer; linguagem; testes cognitivos