Abstract
It is now known that cognitive functions tend to decline with age. Executive functions (EF) are among the first abilities to decline with aging. A subcomponent of the EF is abstract reasoning. The Test of Proverbs is an instrument that can be used to evaluate the capacity of abstract reasoning.
Objective: To examine the association of performance in interpretation of proverbs, with education and with episodic memory and EF tasks.
Methods: A total of 67 individuals aged between 60 and 75 years were evaluated, and divided into three categories of education: 1-4 years, 5-8 years, and 9 or more years of schooling. The instruments used were a sociodemographic questionnaire (gender, age, marital status, education, income, previous occupation, current occupation and health perception), the Mini Mental State Examination, Brief Cognitive Screening Battery; Geriatric Depression Scale; Forward and Backward Digit Span (WAIS-III), and the Test of Proverbs.
Results: A high impact of education was seen on the interpretation of proverbs, with lower performance among the elderly with less education. A significant association between performance on the Test of Proverbs and scores on the MMSE, GDS, and verbal fluency tests was found. There was a modest association with incidental memory.
Conclusions: The capacity to interpret proverbs is strongly associated with education and with performance on other EF tasks.
Key words: aging; executive functions; abstract reasoning; test of proverbs
Resumo
Sabe-se atualmente que funções cognitivas tendem a declinar com a idade, e as funções executivas (FE) incluem algumas das primeiras habilidades a declinar no envelhecimento. Um subcomponente das FE é a capacidade do raciocínio abstrato. Um instrumento utilizado para avaliar o desempenho na capacidade de abstração é o Teste de Provérbios.
Objetivo: Examinar a associação entre o desempenho na interpretação de provérbios com a escolaridade e com tarefas de memória episódica e de FE.
Métodos: Foram avaliados 67 idosos, com idade entre 60 e 75 anos, divididos em três faixas de escolaridade: entre 1 a 4 anos, 5 a 8 anos, e com 9 ou mais de escolaridade. Os instrumentos utilizados foram: questionário sociodemográfico (sexo, idade, estado civil, escolaridade, renda, ocupação anterior, ocupação atual e percepção da saúde); Mini Exame do Estado Mental (MEEM); Bateria Breve de Rastreio Cognitivo (BBRC); Escala de Depressão Geriátrica (GDS); Dígitos Diretos e Inversos (WAIS-III); Teste de interpretação de provérbios.
Resultados: Foi observado efeito significativo da escolaridade sobre a interpretação dos provérbios, com menor desempenho entre os idosos com menor escolaridade. Encontrou-se também associação significativa entre o desempenho no teste dos provérbios e o MEEM, a GDS, e a fluência verbal. Houve associação de menor magnitude com a memória incidental.
Conclusões: A capacidade de interpretar provérbios está fortemente associada à escolaridade e ao desempenho em outras tarefas de FEs.
Palavras-chave: envelhecimento; funções executivas; raciocínio abstrato; teste de provérbios
Texto completo disponível apenas em PDF.
Full text available only in PDF format.
References
- Bentosela M, Mustaca AE. Efectos cognitivos y emocionales del envejecimiento: aportes de investigaciones basicas para las estrategias de rehabilitación. Interdisciplinaria 2005;22:211-235.
- Band GPH, Ridderinkhof KR, Segalowitz S. Explaining neurocognitive aging: is one factor enough? Brain Cog 2002;49: 259-267.
- Parente WAMP, Wagner GP. Teorias abrangentes sobre envelhecimento cognitivo. In: Maria Alice de Mattos Pimenta Parente. (ORG.). Cognição e Envelhecimento. 1ª ed. Porto Alegre: Artmed 2006:31-45.
- Argimon IL, Bicca M, Timm LA, Vivan A. Funções executivas e a avaliação de flexibilidade de pensamento em idosos. Rev Bras Ciênc Env Hum 2006:35-42.
- West R. An application of prefrontal cortex function theory to cognitive aging. Psychol Bull 1996;120:272-292.
- Uekermann J, Thoma P, Daum I. Proverb interpretation changes in aging. Brain Cog 2008;67:51-57.
- Oliveira-Souza R, Moll J, Ignácio F A, Tovar-Moll F. Cognição e funções executivas. In: Lent, R. Neurociência da mente e do comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan 2008: 287-302.
- Kristensen CH. Funções executivas e envelhecimento. In: Maria Alice de Mattos Pimenta Parente. (ORG.). Cognição e envelhecimento. 1ª ed. Porto Alegre: Artmed 2006:97-111.
- Oliveira RM. O conceito de executivo central e suas origens. Psic Teor Pesq 2007;23:399-406.
- Andriola WB, Cavalcante LR. Avaliação do raciocínio abstrato em estudantes do ensino médio. Estud Psicol 1999;4:23-37.
- Thoma P, Daum I. Neurocognitive mechanisms of figurative language processing evidence from clinical dysfunctions. Neurosci Biobehav Rev 2006;30:1182-1205.
- Brucki SMD, Nitrini R, Caramelli P, Bertolucci PHF, Okamoto IH. Sugestões para o uso do Mini-Exame do Estado Mental. Arq Neuropsiquiatr 2003;61:777-781.
- Vitiello AP, Ciríaco JGM, Takahashi DY, Nitrini R, Caramelli P. Avaliação cognitiva breve de pacientes atendidos em ambulatório de neurologia geral. Arq Neuropsiquiatr 2007;65:299-303.
- Almeida OP, Almeida SA. Confiabilidade da versão brasileira da escala de depressão em geriatria (GDS) versão reduzida, Arq Neuropsiquiatr 1999;57:421-426.
- Wechsler D. Escala de inteligência Wechsler para adultos, manual para administração e avaliação, 1ª edição, Casa do Psicólogo 2004:123-125.
- Silva CBB. Elaboração e validação de um instrumento para avaliar níveis de pensamento através da interpretação de provérbios. Dissertação, Universidade de São Paulo, 1989.
- Nippold MA, Uhden LD, Schwarz IE. Proverb explanation through the lifespan: a developmental study of adolescents and adults. J Speech Lang Hearing Res 1997;40:245-253.
- Banhato EFC, Nascimento E. Função executiva em idosos: um estudo utilizando subtestes da Escala WAIS-III. Psico-USF 2007;12:65-73.
- Yassuda M, Diniz BSO, Flaks MK, et al. Neuropsychological profile of brazilian older adults with heterogeneous educational backgrounds. Arch Clin Neuropsychol 2009;24:71-79.
- Argimon IIL, Stein LM. Habilidades cognitivas em indivíduos muito idosos: um estudo longitudinal. Cad Saúde Pública 2005;21:64-72.
- Brucki SMD, Malheiros SMF, Okamoto IH, Bertolucci PHF. Dados normativos para o teste de fluência verbal categoria animais em nosso meio. Arq Neuropsiquiatr 1997;55:56-61.
- Baudouin A, Clarys, D, Vanneste S, Isingrini M . Executive functioning and processing speed in age-related differences in memory: contribution of a coding task. Brain Cog 2009; 71:240-245.
- Braver TS, West R. Working memory, executive control and aging. In: Craik FIM and Salthouse TA (editors). The Handbook of aging and cognition. 3rd Ed. Psychology Press, 2008.
- Elderkin-Thompson V, Hellemann G, Pham D, Kumar A. Prefrontal brain morphology and executive function in healthy and depressed elderly. Int J Geriatr Psychiatry 2008; 24:459-468.
- Goldberg E. O cérebro executivo: lobos frontais e a mente civilizada. Rio de Janeiro: Imago, 2002.
- Gazzaniga MS, Heatherton TF. O cérebro. In: Ciência psicológica: mente, cérebro e comportamento. Porto Alegre: Artemed 2005:118-143.
-
Matsdorff KDK, Pareira SAS, Dores MAS, Vale FAC, Balieiro-Júnior A, Silva-Filho IH. Declínio cognitivo natural na terceira idade: avaliação da capacidade de raciocínio abstrato e associação de idéias. Dialógica (eletrônica), 2008;1(4): Psicologia. Site: http://dialógica.ufam.edu.br
» http://dialógica.ufam.edu.br - Caixeta L, Nitrini R. Teoria da mente: uma revisão com enfoque na sua incorporação pela psicologia médica. Psicol Reflex Crit 2002;15:105-112.
Publication Dates
-
Publication in this collection
Jan-Mar 2011
History
-
Received
26 Nov 2010 -
Accepted
27 Jan 2011