RESUMO
O comprometimento cognitivo é muito comum em pacientes com AVC e pouco diagnosticado. Déficits cognitivos envolvendo as funções de linguagem, praxia, habilidades visuoespaciais, visuoconstrutivas e memória são proeminentes. Os testes de avaliação cognitiva disponíveis não abordam algumas características específicas dos pacientes com AVC e apresentam limitação importante em relação aos domínios cognitivos mais comprometidos.
Objetivo:
Testar a aplicabilidade de uma versão brasileira do Oxford Cognitive Screen em uma amostra de conveniência com indivíduos sem prejuízo cognitivo.
Métodos:
Trinta participantes neurologicamente saudáveis foram submetidos ao OCS-Br neste estudo piloto.
Resultados:
O escore médio em cada tarefa foi: nomeação: 3,4 (DP=0,72) (valor máximo de 4); semântica: 3 (DP=0) (máximo de 3); orientação: 4 (DP=0) (máximo de 4); campo visual: 4 (DP=0) (máximo de 4); leitura de sentenças: 14,53 (DP: 1) (máximo de 15); número escrito: 2,86 (0,6) (máximo de 3); cálculo: 3,8 (DP=0,48) (máximo de 4); precisão no teste de corações partidos: 47,3 (3,3) (máximo de 50). Os escores foram semelhantes aos da amostra original.
Conclusão:
Observamos valores similares em cada tarefa separada do OCS em comparação ao teste original, o que torna a versão em português brasileiro comparável a outros estudos, e todos os itens foram bem compreendidos com potencial de usabilidade em nosso país.
Palavras-chave:
AVC; avaliação cognitiva; dados normativos; Oxford Cognitive Scale