Resumo
Não há muita publicação na literatura sobre o uso do adesivo de rivastigmina na prática clínica.
Objetivos:
Em um estudo observacional longitudinal naturalístico nós tentamos avaliar a segurança, tolerabilidade e eficácia do adesivo transdérmico de rivastigmina em pacientes com doença de Alzheimer moderada de início precoce e tardio.
Métodos:
Os primeiros 30 pacientes ambulatoriais com DA moderada de clínicas de referência que iniciaram o uso de adesivo de rivastigmina foram incluídos no estudo. A dose foi escalonada de 4,6 a 9,5 mg/24 hs quando apropriado. As medidas de desfecho primário foram a segurança e tolerabilidade medidas pela incidência de eventos adversos e descontinuação por alguma razão. A medida de desfecho secundário foi a melhora global, funcional e comportamental, demonstrada pelos escores do Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), escores na escala de Atividade de Vida Diária de Bristol, retorno do paciente e cuidador e julgamento clínico.
Resultados:
Eventos adversos foram reportados em 20% dos pacientes e 10% deles descontinuaram o tratamento. Melhora em domínios global, funcional e comportamental foi observada em dois terços dos pacientes, enquanto que, no terço restante um declínio relativo foi observado. O efeito colateral mais comum foi irritação ou eritema de pele.
Conclusões:
O adesivo transdérmico de rivastigmina pode ser uma opção terapêutica para aqueles pacientes que requeiram mudança na sua terapia oral com inibidor da colinesterase devido à sua segurança e tolerabilidade.
Palavras-chave:
rivastigmina; adesivo transdérmico; estudo longitudinal; doença de Alzheimer; clínica