RESUMO.
Erros no manuseio de artigos domésticos muito aquecidos, por exemplo, panelas, podem resultar em acidentes graves, que podem ser causados por diminuição da atenção ou de funções executivas.
Objetivo:
Manuais de várias cidades sugerem simplesmente o uso de fogões de aquecimento por indução (FAI), mas esses aparelhos requerem uma operação complexa, com necessidade de uso de diversos botões. No entanto, nenhum estudo anterior examinou a dificuldade de operação de FAI em adultos mais velhos.
Métodos:
Foram examinados 166 residentes de Wakuya, Japão, com mais de 75 anos, entre os quais 66 participantes com classificação clínica de demência (CDR) 0 (saudável), 79 CDR 0,5 (demência muito leve) e 21 CDR 1+ (demência). Em função do risco de queimadura, eles foram classificados nos grupos “alto,“ “baixo risco” e “sem risco”. Solicitou-se que realmente utilizassem o FAI como parte do exame. Os participantes que passaram em todos os procedimentos foram classificados como “bons usuários”, enquanto os demais foram classificados como “usuários fracos”. As funções cognitivas e executivas globais foram avaliadas por meio do Miniexame do Estado Mental (MEEM), do Teste de Trilha A e do Teste Dígito-Símbolo (DS), respectivamente.
Resultados:
As proporções de “bons usuários” nos grupos CDR 0, CDR 0,5 e CDR 1+ foram 7 (10,6%), 6 (7,3%) e 0 (0%), respectivamente. Para os grupos CDR 0 e CDR 0,5, os “bons usuários” tiveram pontuações mais altas no MEEM e no DS em comparação com os “usuários fracos”.
Conclusões:
A introdução de FAI é muito tardia para o grupo de “alto risco”. Uma vez que o FAI requer uma operação complicada com o uso de botões, o seu manuseio pode ser difícil para os residentes mais velhos. A função executiva pode ser examinada para a detecção precoce de erros de manuseio de aparelhos domésticos que podem causar acidentes.
Palavras-chave:
Doença de Alzheimer; Disfunção Cognitiva; Aquecimento por Indução; Queimaduras