Resumo
O envelhecimento está associado ao declínio de algumas funções cognitivas, entretanto, este fato não impede que a pessoa idosa encontre formas de compensar déficits. Estudos anteriores documentaram que a pessoa idosa sem declínio cognitivo pode beneficiar-se de programas de treino. A eficácia de intervenções cognitivas junto à população idosa sem demência mas com alterações cognitivas (comprometimento cognitivo leve, CCL) ainda não foi testada amplamente.
Objetivos:
Avaliar o impacto de treino cognitivo de 8 sessões na funcionalidade e desempenho cognitivo em idosos com CCL.
Métodos:
16 idosos com CCL receberam treino cognitivo e 18 participaram como grupo controle; pacientes e controles foram avaliados antes e depois da intervenção com o Short Cognitive Test (SKT), Direct Assessment of Funcional Scale Revised (DAFS-R), Escala de Depressão Geriátrica (GDS) e o Teste do Desenho do Relógio (TDR).
Resultados:
Foi observada melhora significante no grupo experimental do pré para o pós-teste no desempenho em atenção (SKT), orientação temporal, habilidade para fazer compras e lidar com dinheiro (DAFS-R) e diminuição nos sintomas depressivos (GDS).
Conclusões:
Estes resultados destacam a importância da intervenção não-farmacológica em idosos com CCL para compensar déficits cognitivos.
Palavras-chave:
Comprometimento Cognitivo Leve; treino cognitivo; envelhecimento; cognição; funcionalidade