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CAPACIDADE ANTIOXIDANTE TOTAL DIETÉTICA COMO UM FATOR DE PREVENÇÃO CONTRA A DEPRESSÃO EM MULHERES CLIMATÉRICAS

RESUMO

Depressão é caracterizada por causar sofrimento físico ou psicológico e em muitos casos pode levar ao suicídio.

Objetivo:

avaliar a prevalência de depressão e sua possível relação com a capacidade antioxidante total da dieta (DTAC) e parâmetros nutricionais em mulheres climatéricas participantes de um programa universitário de extensão em uma cidade do sul do Brasil.

Métodos:

os dados foram obtidos por meio de questionários e medidas antropométricas. A dieta foi avaliada através de um recordatório alimentar de 24 horas. O Inventário de Depressão de Beck (BDI) foi usado para avaliar a intensidade dos sintomas de depressão.

Resultados:

a DTAC da população variou de 435,60 a 4502,62 mg VCE/dia. Entre os alimentos/bebidas antioxidantes mais ingeridos, o café destacou-se em primeiro. Os polifenóis mostraram estar diretamente ligados à capacidade antioxidante dos alimentos in natura (r=0,905; p=0,0001). A prevalência de depressão na população foi de 44%, e as mulheres depressivas apresentaram menores níveis de ingestão de polifenóis (p=0,022; Cohen's d=0,80) e vitaminas B6 (p=0,038; Cohen's d=0,65), A (p=0,044; Cohen's d=0,63) e C (p=0,050; Cohen's d=0,61). Houve uma correlação negativa significativa entre os escores do BDI e a ingestão de polifenóis (r=-0,700; p=0,002).

Conclusão:

estes resultados podem contribuir para uma melhor compreensão da ingestão dietética recomendada de antioxidantes como adjuvante na prevenção da depressão feminina.

Palavras-chave:
transtornos de humor; depressão; estresse oxidativo; antioxidantes; polifenóis

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