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Ações neuroprotetoras do 2,4-dinitrofenol: pró ou contra?

Resumo

O 2,4-dinitrofenol (DNP) tem sido conhecido há bastante tempo como tóxico em altas concentrações, um efeito relacionado a desacoplamento da fosforilação oxidativa nas mitocôndrias. Há cinco anos, entretanto, nós relatamos que baixas concentrações do DNF protegem neurônios da toxicidade do peptídeo b-amilóide. Desde então, outros estudos trouxeram evidência adicional dos efeitos benéficos do DNP (em baixas concentrações), incluindo neuroproteção contra diferentes tipos de agressão, bloqueio da agregação do amilóide, estimulação de crescimento neurítico e diferenciação neuronal, e mesmo extensão da sobrevida em alguns organismos. Alguns desses efeitos parecem ser devidos a leve desacoplamento mitocondrial e prevenção do estresse oxidativo, enquanto outras ações são relacionadas à ativação de sistemas adicionais de sinalização intracelular. Este estudo discute a as evidências que dão suporte a ações neuroprotetoras benéficas do DNP. DNP e outros compostos com atividades biológicas similares podem ser de interesse no desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas para doenças neurodegenerativas e outros transtornos neurológicos.

Palavras-chave:
2,4-dinitrofenol; peptídeo b-amilóide; doenças neurodegenerativas; neuroproteção; estresse oxidativo; terapia

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